Na trilha de Aide, Coragem e força feminina – Parte 2: atravessando a mata

A jovem guerreira caminha por entre árvores enormes, com suas copas fechadas. Ao passar por cima de um galho de uma árvore, algo começa a se mexer lentamente em sua direção. Aide, no entanto, não percebe que está sendo seguida e continua sua caminhada.

Aide precisa tomar muito cuidado, pois a floresta é traiçoeira, enquanto se caminha por ela algumas árvores se movem lentamente ao seu redor – alguns movimentos são aleatórios, outros são geométricos. Há, porém, um padrão entre as árvores, a questão é descobri-lo.

Ao meio-dia resolve descansar numa pedra perto de um pequeno riacho e acaba adormecendo. Durante seu sono profundo, quem ou o que a estava seguindo chega bem perto de seu rosto a ponto dela sentir a respiração em sua testa, e ela acorda instantaneamente. O ser junto à jovem quer levá-la às profundezas do lago a todo custo, assim começa arrastá-la, puxando-a para dentro da água. Ela então começa a se debater, tentando escapar, mas sua resistência é em vão…

Mergulhando bem fundo nas águas do rio, seu perseguidor a solta numa espécie de gruta embaixo da água.

Seu perseguidor é um ser ambíguo, bom e malvado ao mesmo tempo. Ele espera-a levantar do chão, onde se encontrava, após perceber que está em um lugar diferente, em uma espécie de caverna, se levanta rapidamente. Ao fazer isso bate as costas na parede gelada da montanha que cobre o lugar. O ser então se aproxima de Aide e olha fixamente em seus olhos.

Ela lhe pergunta onde está e há quanto tempo permaneceu adormecida. O ser lhe diz que:

– Se passaram três dias e este lugar fica abaixo do nível do mar, muito distante do riacho onde lhe encontrei; para chegar aqui é necessário viajar um dia. Não se preocupe não há como sair daqui.

E o sangue de Aide começa a ferver com o fato de ter sido desviado de seu caminho.

O ser lhe explica que ele precisa de um novo corpo e a lua cheia está chegando e nesse dia as poções se tornam mais poderosas, o que lhe  dará mais chances de conseguir se apoderar e ocupar o seu novo corpo. Aide se mexe bruscamente, tentando se soltar das correntes que a prendem e fugir daquele absurdo fantástico diante de seus olhos.

– Me chamo Arapu, e preciso de um novo corpo. A lua cheia está chegando e nesse dia as poções se tornam mais poderosas, o que me  dará mais chances de conseguir me apoderar e ocupar o seu corpo.

Aide se mexe bruscamente, tentando se soltar das correntes que a prendem e fugir daquele absurdo fantástico diante de seus olhos.

Arapu continua sua explicação:

– Sou um ser milenar e, a cada duzentos anos, preciso trocar de corpo para continuar vivendo – nem lembro mais qual fora minha forma original. Assim seu corpo será meu pelos próximos duzentos séculos e, então, lhe devolverei. Você ficará junto destes outros espectros, perdidos no mar e, se ao vencimento do próximo ciclo, eu lhe encontrar, faremos a troca. A questão é que sou muito velho e geralmente não encontro os donos antigos dos corpos.

As pernas de Aide começaram a tremer em pensar ter de esperar tanto tempo e poder ser em vão. Ela se aproximar dele e nega a fazer o empréstimo, afinal aquele corpo lhe fora dado desde seu nascimento, logo eram inseparáveis. Arapu, entretanto, não lhe deu ouvidos e mandou se calar – o que certamente ela não o fez.

Ela havia perdido a família e precisa encontrar Maine e este ser estava atrapalhando-a.

Homenagem ao centenário do dia internacional das Mulheres

“Neste mês de março, há 100 anos, se comemora uma data especial, que simboliza a luta das mulheres por direitos iguais, apesar de a mídia apenas nos referenciar através de propagandas fúteis. O mais estranho é que esta data está comemorando 100 anos de existência e não via nada a respeito disto, a não ser da Psicóloga Erica Brandt.

Assim eu convido a todos a assistirem o vídeo publicado pela psicóloga . No qual, ela relembra a real motivação desta comemoração – “25 de março de 2011 – Centenário do incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist Company em Nova Iorque. A tragédia inspirou e acelerou a criação do Dia Internacional das Mulheres, celebrado no dia 8 de março.” (Erica Brandt)

Abraços,

Isabel

On the track of Aide, Courage and strength female – 1 ° Part

On the dark and gloomy night, the slight whistle of wind on the forest tree lost makes Aide fell a shiver. An icy frosty wind blow in her nape, making her feels fear and nausea.

The forest is closed and has a mortal silence in the air.  Aide stills her journey, crossing through the tress, traveling a gloomy and sad track. Since the death her parents, for five years ago, she doesn’t talk with anyone else except with the leaves, the wind, the river…

Her family death in the tragic winter, in the worse of the region, while she was studding in a monastery, she has thirteen years old.

When was little, loved get out for the hills in search of adventure. Now she is obligate to walk for the closed forest behind the true, a response that only Maine can give her.

Maine is a lady, or old witch, who lives in a place difficult access – you need to face your worse nightmare for find her. Those who managed to get there, they were contemplated with the right to ask her a question, any question, but just one and, then, the old witch will answer.

Aide, therefore, is a young warrior who must defend herself for all dangers, alone, for getting complete her mission. For her, therefore, the worse isn’t winning the fears, but to know the best question to ask.

The journey is long, and no matter how long it takes, because she knows that in the end find the wise old woman. This is the only one able to reveal to her the greatest secrets and tell about the worst fears and wonders of the world and time.

Continue…

By Isabel Stumpf Mitchell

View Portuguese version: <https://historiasdebel.wordpress.com/2011/01/31/na-trilha-de-aide-coragem-e-forca-feminina-1%C2%B0-parte/>

Sobre o filme “Camino”, de 2010

Fonte: dvdpointlocadora

Acabei de assistir o filme espanhol Camino(Um Caminho de Luz), do diretor Javier Fesser, de 2010. Retrata a história de uma adolescente de 11 anos que descobre um câncer que a levará a morte e, ao mesmo tempo, ela se apaixona. Uma sinopse mais detalhada pode ser lida no link: <http://dvdpointlocadora.com.br/lancamentosdeoutubro.html>.

O mais interessante deste filme é que mostra o quão reprimido o feminino pode ser aprisionado. Uma mãe super controladora e beata, que no início do filme ao rezar não agradece a proteção que tem, mas implora para que sua família seja o foco principal de Deus. Essa mulher deseja que suas filhas sigam um caminho de sacrifícios, dores, tristezas e sejam agradecidas por isso. Mas como podemos agradecer por estarmos sofrendo?

Como podemos imaginar que Deus, ou o nome que queiram dar, queira nosso sofrimento. Esse tipo de pensamento se remete à Idade Média, ao Santo Agostinho, da predestinação e tantos outros que pregavam que o ser humano nasceu para sofrer e que é pecador desde que nasceu por ter sido concebido de forma pecaminosa.

Se formos atrás das antigas histórias, veremos que o amor, o sexo, não eram atos impuros, que eram uma dádiva, pois no momento em que dois corpos se unem se tornam um só e, os casais que se permitem esta sensação, se entregando totalmente ao momento, viveriam algo parecido com um momento divino – o que a ciência chama de orgasmo.

Não posso crer nisso, apesar de ter sido criada numa sociedade com esses pensamentos e, muitas vezes, me criticar, me julgar, há um lado mais livre que consegue ver além das convenções e, este lado é o qual eu tenho permitido me guiar ultimamente. Tal como no livro “Mulheres que correm com os lobos”, de Clarissa Pinkola Estés, esse lado mais livre seria a Mulher Selvagem, o lado feminino de todas as mulheres, que é puro. O significado de puro neste caso não é aquele que falam sobre virgindade, inocência, imaculada, mas de pureza de espírito, que não permite que ideias contrárias a sua verdade o corrompam.

O filme mostra em detalhes um feminino sufocante, amargurado, torturado, de gerações de mulheres que cresceram e criaram suas filhas para servir e obedecer. Meninas e mulheres que não podem sonhar, desejar, respirar. O pai, que não tem mais nenhuma fé,  tenta de alguma forma ajudar as filhas, de salvar o filho que morreu ainda bebê, mas a mãe enrijecida, esquecida de si mesmo precisava acreditar que tudo era em nome de algo maior. Todo o sofrimento que ela e a família passavam era algo já predestinado.

Esse pai representa o masculino presente em todas as mulheres, o yang, a força objetiva que precisamos para concretizar nossos sonhos e ideias. Numa sociedade machista onde o feminino – a criatividade, a leveza, a alegria – deve ser massacrado até se calar, esse pai representa um Yang calado, sem voz, sem energia para agir, para confrontar esta mãe sufocadora e ajudá-la a sair do lodo em que ela se encontra.

Isso é evidente quando o pai descobre que o nome do menino que a caçula amava se chamava Jesus e, ao levar uma cartinha do mesmo até ela morre num acidente de carro. Ou seja, das pequenas tentativas desse Yang fracassado, suas forças foram tão sugadas e suas fé tão apagada que ele mesmo se apaga.

É incrível como é profunda essa decapitação de alo e tão profundo, forte e belo, como a força feminina. Uma sensibilidade, leveza, ao mesmo tempo determinada a fazer aquilo que acredita ser certo. Mas no mundo em que vivemos somos obrigadas a nos calar como quando nos enchem de roupas exuberantes, perfumes marcantes, e todos os outros artefatos que inventam para nos fazerem acreditar que seremos lindas e completas, somente, quando possuirmos toda essa quinquilharia colorida e peluciada – seja qual forma e cor que tenha. Afinal se estivermos bastante ocupadas com tanta futilidade e frivolidade, não haverá tempo para nos conhecermos, nos rebelarmos contra tanta injustiça, com tanta dor, com tanta solidão e silêncio.

Por que se estamos tão sozinhas hoje, sem acreditarmos que teremos um amor sincero, um companheiro leal, uma amiga querida para nos acalentar e nos fazer rir, fica fácil sermos transformadas em fantoches manipulados facilmente.

Força a todas nós.

Abraços,

Isabel

Sobre as personagens do conto “Na trilha de Aide, Coragem e força feminina”

Finalmente escrevi o primeiro conto do blog: “Na trilha de Aide, Coragem e força feminina – 1° parte”, na verdade a primeira parte deste conto.E, enquanto escrevia a história e criava as primeiras personagens, eu fui em busca do significado de seus nomes, para ajudar a definir a personalidade de cada uma. E adivinhem: deu certinho o nome com o que eu havia pensado!! Uhuuuuu hehehe.

Como eu ainda não criei os desenhos para as personagens, estou utilizando alguns da internet, com a referência na legenda de cada imagem. Se alguém souber o endereço dos artistas por favor me avisem, pois estou linkando para endereços que contenham as imagens.

Personagens:

  • AIDE
    * características: origem grega, com significado = modesta.
    “Está sempre pronto a se aventurar, muito cheia de energia, possui uma personalidade ativa e decidida. Não vê graça numa vida sem desafios. E por ser um líder por natureza, atrai as outras pessoas com seu entusiasmo. Mas é importante tomar cuidado e não se tornar uma pessoa teimosa.” (O SIGNIFICADO DO NOME)
    *numerologia: número 1 que “representa o princípio masculino, o yang.” (O SIGNIFICADO DO NOME)
    “É o pioneiro que avança só, procurando as experiências que lhe darão sua inequívoca identidade.
    Acha-se em processo de descobrir suas próprias capacidades.
    É energia em seu estado natural, positivo, original e criativo, em perpétuo movimento.
    Ao encontrar-se só e imbuído de sua grande energia criativa, deve decidir como tem de usar tal energia.
    Deve tomar as rédeas e ter o valor de manter o rumo sem medo à oposição.
    O número 1 é o verdadeiro «Eu sou» da humanidade, a união do todo, a unidade de medida vibratória. É autoconsciência.
    *palavras chave:original, independente, agressivo, individualista, criativo, dominante; o primeiro numa série, o começo de toda operação ou atividade, o líder, o pioneiro, o chefe que detém a autoridade.
    «Aquele que avança para diante».” (O SIGNIFICADO DO NOME)
  • MAINE:*características: origem irlandesa, com significado de Maria (O SIGNIFICADO)
    “DISCIPLINA,PRATICIDADE,LEALDADE,CONFIABILIDADE,GOSTO PELO TRABALHO,SOLIDEZ E EFICIÊNCIA.
    Confiança e lealdade é o que se pode esperar da pessoa cuja personalidade é marcada pelo número 4. Alguém que não admite superficialidade e covardia. Muito produtiva e eficiente, faz de sua bandeira a prudência e a disciplina. Com os pés no chão, não se deixa levar por nada que se mostre leviano ou propostas sedutoras demais.
    Pontual e responsável com seus compromissos, demonstra sempre uma grande estabilidade, fator que a faz respeitável por aqueles que a conhecem.Não deixa nada por acabar e respeita todos os regulamentos, por isso muitas vezes é considerada conservadora. Sua sobriedade não a permite ser muito extravagante, preferindo sempre um estilo mais clássico até no se vestir. Bom senso e discrição são 

    marcas de alguém que leva à sério seus relacionamentos pessoais e profissionais. Uma tendência negativa é a de se tornar inflexivel e sistemática demais com detalhes. Uma forma de equilibrar este ponto eaproveitar as boas vibrações do seu número da personalidade é começar aceitando e considerando mais as opiniões dos outros. Assim a confiabilidade que lhe conferem terá ainda mais valor.” (O SIGNIFICADO)

“A ANCIÃ – a Mulher Sábia, é aquela que atingiu grande experiência. Simboliza a paciência, a sabedoria, a velhice, o anoitecer, a cor preta. A Anciã também é a Deusa em sua face Negra da Ceifeira, a Senhora da Morte. Aquela que precisa agir para que o eterno ciclo dos renascimentos seja perpetuado. Tudo que morre ela põe em seu caldeirão do renascimento para que retorne a vida mais uma vez.” (MARABÔ)


Referências:

Abraços,

Isabel

Na trilha de Aide, Coragem e força feminina – 1° Parte

Na noite escura e sombria, o assobio leve do vento sobre as árvores da floresta perdida faz com que Aide sinta um calafrio. Um vento gélido sopra sua nuca, fazendo-a sentir medo e náusea.

A mata é fechada e há um silêncio mortal no ar. Aide continua sua jornada, atravessando por entre as árvores, percorrendo uma trilha sombria e triste. Desde a morte de seus pais, há cinco anos, não conversa com mais ninguém a não ser com as folhas, o vento, o rio…

Sua família morreu num trágico inverno, um dos piores da região, enquanto que ela estava num mosteiro estudando, ela tinha apenas 13 anos.

Quando pequena, adorava sair pelas colinas em busca de aventura. Agora ela é obrigada a caminhar pela mata fechada atrás da verdade, de uma resposta que somente Maine poderá lhe dar.

Maine é uma senhora, ou velha bruxa, que vive num lugar de difícil acesso – é preciso enfrentar seus piores pesadelos para então encontrá-la. Os que conseguiram chegar até lá foram contemplados com o direito de lhe fazer uma pergunta, qualquer que seja, mas apenas uma e, então, a velha bruxa a responderá.

Aide, assim,  é uma jovem guerreira que precisa se defender de todos os perigos, sozinha, para conseguir completar sua missão. Para ela, no entanto, o pior não é ter de vencer os medos, mas saber qual a melhor pergunta a fazer.

A viagem é longa e, não importa o tempo que leve, pois ela sabe que no final encontrará a velha sábia. Esta é a única capaz de lhe revelar os maiores segredos e lhe contar sobre os piores medos e belezas do mundo e do tempo.

Continua…

Por Isabel Stumpf Mitchell

Ver a versão em inglês: <https://historiasdebel.wordpress.com/2011/02/06/on-the-track-of-aide-courage-and-strength-female-part1/>

Com força total

Pintura de uma bela fada na floresta, à noite

Imagem:trilhandoocaminhoespiritual.blogspot.com

Bah, como escrever no blog está me ajudando! Voltei a estudar a Linguagem de Programação PHP -para desenvolver sites dinâmicos – , pois estava sem vontade de estudá-lo. O desânimo era um pouco do cansaço mesmo, de um 2010muito intenso e denso para mim, recheadinho de informação e muiiitos aprendizados, além de eu ter quebrado alguns paradigmas que rodeavam e bloqueavam, também.

Terminei o 2° capítulo do livro sobre tal linguagem e estou começando a ter vontade de “mexericar” no meu site (http://isabelmitchell.com/), o que também estava bloqueado. O site está fraquinho, sem informações, precisando urgente de recheios, cores, brilho. Espero logo começar este árduo, mas empolgante trabalho hehe.

Quanto aos contos, pretendo hoje mesmo rever os meus escritos e dar andamento, afinal eles são um dos motivadores deste blog, apesar de ainda não estares presentes né…heheh

Abraços e um ótimo domingo!!

Isabel

Sobre o jogo do The Sims 3

Eu ganhei na semana passada o jogo The Sims 3 e desde então dei uma “viciadinha” nele hehe. Nos últimos dias, no entanto, tenho me entediado, na verdade a palavra certa é frustrado com o jogo. O jogo é bem legal, os gráficos são muito bem feitos etc., a questão é que enquanto “brinco de casinha e de boneca” com os personagens que criei, me dei conta que minhas unhas estavam enormes, meu quarto precisando de uma limpezinha.

O problema é que estava deixando de cuidar de mim para ficar passando as horas num mundo virtual, o qual me traz certo prazer, mas que é algo extremamente passageiro, acabando ao desligar o jogo. Foi por esse motivo que me decidi criar o blog, finalmente. Não dá para passar tanto tempo na frente do computador, tendo tanta coisa legal para ler, escrever, estudar, apreciar.

Com o jogo eu acabava esquecendo de mim mesma, não almoçando, fazendo as refeições de qualquer jeito, remarcando saídas com o namorado, só para jogar mais um pouquinho.Creeeedoooo!!! Bahhh, tchê!! Não dá né!!! hehehe

Além do que estou frustradíssima por que fico construído as casinhas dos bonecos, enquanto que, na realidade, eu queria estar construindo a minha, mas como a vida de estudante não é fácil, vou ter de me contentar em apenas brincar de faz-de-conta até poder construir a minha própria…

O importante agora é que voltei a desenhar, que é uma paixão antiga e comecei com um baita incentivo: desenhar meu namorado! hehe. E claro, sem falar que já estou no 4° post em apenas 3 dias de blog!!! Uhuuuuuuuuuuuuuuuu 😛

Abraços,

Isabel

Ainda sobre o blog…

No 1° post que escrevi, há três dias, falei que postaria minhas histórias, contos no blog, mas além disso pretendo fazer comentários sobre filmes, livres, momentos específicos. Assim, enquanto não termino o conto que estou criando vou escrevendo outras coisas, haver com o universo feminino – que é a proposta do blog, tal como o que escrevi ontem mesmo sobre o filme “Destinos Ligados” (Mother and Child).

Abraços,

Isabel

Sobre o Filme “Destinos Ligados” (Mother and Child)

Um filme muito bonito, porém triste, mas muito realista é o “Destinos Ligados” (Mother and Child) com direção de Rodrigo Garcia – trata da rigidez das mulheres, do feminino e da relação entre elas.

A rigidez é um grande entrave a todas as mulheres, pois “devemos” ser magras, silenciosas, bondosas, passivas… Tal como a sociedade nos impõe como precisamos agir e pensar, bem como um grande amigo me disse uma vez: “Uma boa mulher é aquela que é uma dama na sociedade e uma puta na cama”, ou seja, que a mulher é um bibelô ao bel-prazer de seus parceiros.

Esse filme é um reflexo dessa sociedade machista que tortura e tole as mulheres. A avó, mãe da adolescente grávida só culpa a filha, mas não a ajuda a encontrar um modo da filha ser feliz. Enquanto que essa filha vive apenas para a mãe, numa busca inconsciente de cuidar de alguém, já que deu a filha (neta) à adoção e, essa a neta, cresce endurecida, sem amor, numa vida vazia.

Quantas mulheres não sofrem ou sofrerão histórias parecidas de rigidez, proibição, negação, culpa?

No livro “Mulheres que correm com os lobos”, de Clarissa Pinkola Estés, a autora aborda esses comportamentos e como podemos detectá-los em nós mesmas. Eu, por exemplo, passei por uma estafa mental durante uns seis meses, dos quais mal conseguia caminhar de tão cansada. Agora, no entanto, percebo que em parte foi devido a um semestre extremamente fatigante, no entanto, principalmente, por minha rigidez que me privou de momentos de lazer comigo mesma – deixei de fazer coisas que gostava para poder “dar conta” das outras coisas.

A verdade é que consigo ter um desempenho bem melhor, tanto na faculdade quanto no trabalho, ao me permitir horas de prazer, como escrever, desenhar, dançar… É claro que precisamos fazer escolhas, pois sempre haverá algo ou alguém forte o suficiente para nos convencer de que “não nos custa nada” deixar de fazer algo que realmente queríamos e que nos traria  imenso bem, em troca de ajudar alguém, fazer outra coisa, adiantar uma tarefa… Temos de ter discernimento para decidir se esse motivo é bom o suficiente para nós, sem claro sermos egoístas ou negligentes.

A questão é partindo do que tenho vivenciado e aprendido, quanto mais me permito dedicar horas para atividades que me trazem alegria, mais energia tenho para cumprir as minhas tarefas.

Abaixo um trecho do filme citado acima, do YouTube:


Abraços,

Isabel